Desafios e soluções para negócios de impacto social motivam debate na Semana de Avaliação gLocal

18 de junho de 2020 - 2 min de leitura

por: Equipe FGV Clear

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Atores importantes do ecossistema de investimentos e negócios de impacto social no Brasil foram convidados a expor seus pontos de vista sobre o atual cenário desse meio durante a Semana de Avaliação gLocal 2020. Os convidados apresentaram também como se dá a mensuração do impacto social e os principais desafios envolvidos nesse trabalho. O evento online foi organizado pelo FGV EESP Clear e pode ser visto na íntegra em nosso canal do YouTube. A mesa contou com a mediação de Lycia Lima, vice-diretora do FGV EESP Clear.

Foto 1 - Ecossistema

Célia Cruz, diretora executiva do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) ressaltou a ideia de que é possível ter impacto social e performance financeira ao mesmo tempo, central para a definição do que é um investimento e negócio de impacto social. Ela explicou o que define um negócio de impacto: para um empreendimento se enquadrar na categoria ele deve expressar de maneira clara seu propósito de gerar impacto, ter uma atividade central que traga uma solução para um problema social ou ambiental relevante, ao mesmo tempo em que deve operar por meio da lógica de mercado buscando retorno financeiro. É fundamental também ter indicadores para monitorar e comprovar o impacto alcançado com suas ações.

Foto 2 - Ecossistema

De acordo com ela, para se tornar um bom negócio de impacto, os empreendimentos devem melhorar o entendimento do problema e da solução apresentada, melhorar a efetividade do modelo de negócio, melhorar a efetividade do impacto e melhorar a sua governança. Cruz apresentou ainda o estudo “O que são negócios de impacto”, lançado pelo ICE no final do ano passado, em que atualizava as definições sobre o campo a partir de um processo de levantamento de dados, workshops e consultas online para escuta de atores do campo.

Felipe Vignoli, consultor do Laboratório de Inovação Financeira, explicou alguns dos desafios que envolvem a medição dos impactos e métodos que podem auxiliar neste trabalho. “É nosso papel, dentro do ecossistema de impacto, trazer outros atores que estão fora para conhecer isso. Tem um papel de disseminação de conhecimento e advocacy que é bastante relevante para que esses instrumentos sejam cada vez mais conhecidos”, ressaltou Vignoli.

Os desafios que envolvem a medição dos impactos e quais métodos podem auxiliar este trabalho foram alguns dos pontos trazidos por Sérgio Lazzarini, coordenador do Insper Metricis. Ele apresentou exemplos para mostrar como a avaliação de impacto criteriosa é necessária para verificar efeitos muitas vezes difíceis de prever. Após a avaliação, ele ressaltou, é necessário que a empresa ajuste seu negócio. “Essa é a ideia da gestão. Você produz os resultados, alguns resultados são positivos, outros negativos, e você ajusta o negócio”, pontuou.

Jéssica Rios, sócia da Vox Capital, ressaltou que, quando se trabalha com investimentos de impacto, é importante ter foco em soluções mensuráveis e ser um perfil de investimento que busca resolver problemas relevantes da população. Ela também chamou atenção para o fato de que todo negócio e investimento gera impactos. Eles podem ser positivos ou negativos, intencionais ou não. Rios considera que, no futuro, o gerenciamento dos impactos não poderá ser ignorado pelas empresas e negócios.

Foto 3 - Ecossistema

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