Avaliação de impacto: modalidade é tema de novo curso do FGV EESP Clear junto à África Lusófona

03 de novembro de 2020 - 3 min de leitura

por: Equipe FGV Clear

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O FGV EESP Clear iniciou na última semana o Curso de Introdução à Avaliação de Impacto para a África Lusófona. Com participação de integrantes de governos, organizações da sociedade civil e universidades de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, o curso aborda conceitos básicos da avaliação de impacto, trazendo técnicas e conhecimentos necessários para a compreensão, o acompanhamento e a identificação de oportunidades para uma avaliação do tipo.  

Participantes e equipe de facilitação participam da terceira aula do Curso de Introdução à Avaliação de Impacto para a África Lusófona.

“Muitas vezes, avaliações de impacto de políticas públicas são realizadas por avaliadores externos. É importante que haja capacidade técnica na gestão dos programas para saber demandar avaliação e fazer as perguntas avaliativas de forma precisa”, explica Priscilla Bacalhau, pesquisadora do FGV EESP Clear e facilitadora responsável pelo curso. 

Ela relata que, já nas primeiras aulas, os participantes trouxeram diferentes experiências de seu trabalho prático, possibilitando o aprendizado em conjunto. Este é um importante componente do Curso, baseado numa metodologia ativa, em que, além das aulas expositivas, há dinâmicas e trabalhos em grupo, em que os participantes são incentivados a trazer para as discussões suas experiências locais. O curso conta com 16 participantes dos países mencionados. 

A avaliação de impacto é necessária pois gestores e formuladores de políticas precisam de evidências para saber quais são os resultados alcançados por programas e estratégias adotados e se tais resultados estão de acordo com os objetivos que motivaram a criação e adoção destas medidas. Se um programa de incentivo à leitura é implementado por certo país ou organização, por exemplo, é importante saber se ele conseguiu aumentar a quantidade de leitoras e leitores e se, além disso, teve outros efeitos sobre a população alvo da estratégia.  

Os conhecimentos gerados na avaliação de impacto podem ser utilizados na reformulação das políticas e eventual adoção de outros caminhos, garantindo que os recursos serão aplicados de forma eficiente. Além disso, os conhecimentos obtidos podem ser aproveitados para experiências futuras na construção de novas políticas e estratégias. 

A primeira aula do curso foi aberta ao público, com transmissão pelo Youtube da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Nela, André Portela, professor titular de Políticas Públicas da Escola de Economia de São Paulo da FGV e diretor do FGV EESP Clear, explicou a importância das avaliações de impacto no ciclo de políticas públicas e a relação desta modalidade com outros tipos de avaliação, além de responder as perguntas do público. A aula está disponível aqui.  

Um dos temas abordados por André Portela na aula inaugural do curso foi o papel da avaliação dentro do ciclo de uma política pública.

Alguns participantes do curso iniciado nesta semana também participaram do Curso de Introdução a Monitoria e Avaliação para a África Lusófona, realizado entre agosto e setembro. De acordo com Priscilla Bacalhau, isso “demonstra um interesse crescente em se aprofundar no tema e desenvolver capacidade institucional em M&A”. Ambos os cursos estão inseridos numa ampliação das ações do FGV EESP Clear junto a parceiros da África Lusófona.  

Em setembro de 2019, a Iniciativa Clear e a Associação Africana de Avaliação (AfrEA, na sigla em inglês) organizaram em Acra, capital de Gana, uma oficina de planejamento para desenvolver de forma harmonizada uma abordagem do M&A em todo o continente africano. Em junho de 2020, foram realizadas outras reuniões para discutir as capacidades de M&A nos países africanos e a identificação de possíveis ações e parcerias. Foram definidas como prioritárias para 2020 a realização de diagnósticos sobre M&A e formações específicas na área

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